Tendência em avaliar as situações segundo as próprias opiniões ou intenções, muitas vezes sem justificação. Inspirado no positivismo, Durkheim queria romper com as ideias de senso comum (achismo) que interpretavam a realidade social de maneira vulgar e sem critério.
Ao longo dos anos na lida espírita tenho me deparado frequentemente com esse “bichinho” chamado “achismo doutrinário”.
As opiniões, de um modo geral, são constituídas a partir do entendimento pessoal sobre o assunto, o que não significa dizer que essas opiniões sejam expressão única e verdadeira.
Por exemplo: “eu acho que os baianos são indolentes” – por que? - “porque eu sempre ouvi todo mundo falar que eles são preguiçosos”. Ora, porque “algumas pessoas” fazem uma brincadeira com o jeito lento de falar dos baianos, o indivíduo conclui que “todos” falam a mesma coisa, e assume isto como uma verdade que passa a adotar.
Busca-se um curso com o fito de revolver o entendimento constituído pela leitura, ou outro meio pelo qual a informação tenha impressionado a capacidade intelectual, caso contrário bastaria ler e os cursos seriam dispensáveis.
Um instrutor tem o dever de expor o conhecimento e defendê-lo com argumentos lógicos e consistentes, mesmo que contrarie opiniões cristalizadas. E cada qual tem seu jeito próprio de fazê-lo.
Particularmente prefiro provocar a capacidade de reflexão das pessoas, a fim de que lancem um segundo olhar sobre ângulos diferentes de uma mesma questão.
Entretanto, por vezes, o medo, a preguiça de pensar ou o conforto do homem velho levam o indivíduo a permanecer no átrio do conhecimento, quando deveriam aventurar-se no horizonte das possibilidades infinitas.
Luiz Fernando Martins - Expositor Espírita

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